Contra as guerras, Marcos Barbosa ergue as flores

Escrita a partir do encontro com uma correspondência entre mãe e filho durante a Guerra Colonial, Código Postal fala dos traumas que teimamos em silenciar. Até domingo, na Escola do Largo.

50-anos-25-abril,cultura,guerra-colonial,teatro,culturaipsilon,
Fotogaleria
Código Postal conta com os actores Lara Mesquita e Pedro Fontes. E dois artistas exilados em Portugal, a ucraniana Lisa Kolesnikova e o russo Nikita Loyk cortesia marcos barbosa
50-anos-25-abril,cultura,guerra-colonial,teatro,culturaipsilon,
Fotogaleria
Código Postal estreou-se em Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura cortesia marcos barbosa
Ouça este artigo
00:00
05:08

Já foi há alguns anos. Marcos Barbosa entrou num armazém em Sintra, pertencente a uma igreja, repleto de completos interiores de casas (móveis e todo o tipo de objectos) comprados de atacado e vendidos, depois, para financiar essa mesma igreja. Perdeu uma tarde a explorar aquele “armazém enorme”, comprou duas ou três peças e quando se preparava para sair, o pastor, tendo percebido estar a lidar com alguém do teatro, ofereceu-lhe uma caixa cheia de cartas. Marcos tentou recusar, mas o pastor insistiu: “Fique com isto, são cartas de namorados durante a Guerra Colonial, alguém tem de contar esta história.” Quando chegou a casa, começou a ler e percebeu que era, afinal, correspondência trocada entre mãe e filho, calhando que a segunda carta que abriu era “o telegrama a avisar da morte do rapaz”, lembra ao PÚBLICO.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar